O SUICÍDIO: precisamos falar sobre isso!

O primeiro passo para prevenir é falar abertamente sobre o suicídio. A desinformação gera estigmas e preconceitos, dificultando o apoio a quem mais precisa. Vamos esclarecer de forma suscinta e simples algumas dúvidas e derrubar mitos para conhecer mais sobre esse tema.

O que é suicídio?

O suicídio é o ato de tirar a própria vida, uma decisão extrema tomada em meio a um profundo sofrimento psíquico. Trata-se de uma ação desesperada, motivada por múltiplos fatores, onde a pessoa busca alívio para dores emocionais que, para ela, parecem insuportáveis. Mais que um ato, é um desfecho indesejável resultante de um agravamento de sofrimentos psíquicos.

O que leva uma pessoa a pensar em suicídio?

Não há uma única razão que leve alguém a pensar em suicídio. Na verdade, é o acúmulo de várias dores e desafios, como perdas, culpa, depressão, fracassos, humilhação e a falta de apoio social, que faz com que a vida pareça insuportável. Cada caso é único, mas todos compartilham uma coisa em comum: a necessidade de acolhimento.

Como se sente alguém com pensamentos suicidas?

A pessoa vive uma intensa ambivalência: ao mesmo tempo que deseja escapar da dor, também deseja continuar vivendo. O sentimento de desesperança e desespero a isola, e o sofrimento mental torna difícil enxergar outras saídas. Muitos acreditam que sua dor só terminará com a morte, mas o que elas realmente querem é aliviar esse sofrimento. O CVV resume isso bem: "a pessoa não quer morrer, ela quer matar a dor."

O suicídio está ligado a alguma doença mental?

Embora nem sempre esteja associado a uma doença mental, muitos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais tais como depressão, bipolaridade, borderline, esquizofrenia e dependência química. Esses transtornos podem intensificar o risco, e é fundamental que o diagnóstico e o tratamento sejam conduzidos por profissionais de saúde mental, como psicólogos, psicanalistas e psiquiatras. No entanto, mesmo nos momentos mais críticos, sempre existe a chance de superar.

Ameaçar suicídio é para "chamar atenção"?

NÃO. Toda ameaça de suicídio deve ser levada a sério. Sinais e falas como "eu preferia estar morto" ou "vocês seriam mais felizes sem mim" são pedidos de socorro. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, muitas pessoas que se suicidam manifestaram seu desejo de morrer dias ou semanas antes.

As pessoas que tentam suicídio estão pedindo ajuda?

SIM! Quando alguém fala ou dá sinais de que está pensando em suicídio, ela está pedindo ajuda, mesmo que de maneira indireta. Sinais como mudanças bruscas de comportamento, isolamento, doação de bens pessoais e alternância de humor são formas de expressar o desespero. Muitas vezes, não é fácil identificar esses sinais, mas estar atento pode salvar vidas.

Uma vez que alguém pensa em suicídio, o risco é para a vida toda?

NÃO! O risco de suicídio pode ser tratado com eficácia. Com o acompanhamento correto, os pensamentos suicidas podem diminuir até desaparecer completamente. O tratamento envolve apoio profissional e emocional, sempre respeitando o ritmo de cada indivíduo.

Falar sobre suicídio pode aumentar o risco?

FALSO! Falar sobre suicídio não induz ninguém a se matar. Pelo contrário, abrir espaço para o diálogo pode aliviar o sofrimento e reduzir o risco. Ao conversar com alguém em crise, você pode oferecer acolhimento e esperança, elementos fundamentais para a prevenção.

O suicídio pode ser prevenido?

SIM! Segundo a OMS, oferecer ajuda voluntária ou profissional é fundamental para prevenir o suicídio. A prevenção não é responsabilidade apenas de profissionais de saúde, mas de toda a sociedade. Estar atento aos sinais e oferecer apoio pode fazer uma grande diferença.

Posso ajudar alguém em crise?

SIM! A pessoa em crise pode sentir-se isolada e sozinha. Aproximar-se, perguntar "como posso te ajudar?" e ouvir sem julgamentos são passos importantes. Você não precisa ser especialista para ser um ponto de apoio. Muitas vezes, estar presente e oferecer um ouvido atento pode salvar uma vida.

Falar é a Melhor Solução

Se você ou alguém que você conhece está passando por um momento difícil, procure o CVV – Centro de Valorização da Vida. O CVV oferece apoio emocional gratuito e sigiloso, 24 horas por dia, por telefone, e-mail e chat.

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